
Desenterrar-se não é dado a todos (2022)
Este trabalho é uma narrativa poética, sobre a saída da depressão. Em 2020 passei 02 anos revisitando o material bruto feito no ápice da doença. Naquela época, fotografar era um parto. Sem vontade de segurar a câmera, tudo o que eu enxergada era tristeza e sofrimento.
Mas eis que a luz, surge aos poucos. Ainda dentro do casulo, tive a rara oportunidade de vê-la.
A solidão, o abandono e a morte batendo à minha porta foram cenários diários dos meus piores dias. Me entreguei para o fim, e quando nada me restou, a luz veio me buscar. Esta foi a miração mais importante da doença. Nela enxerguei a divindade que desenha tudo o que vemos.
O que entra em nossos olhos é luz. Usá-los é uma medicina sagrada. A luz então ganhou esta camada na minha vida: a medicina sagrada.
Este trabalho também acompanha um texto que surgiu durante um hiato de consciência.









