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33 anos, fotógrafa, mineira, bissexual, hoje vive e trabalha em São Paulo.

 

Em seu trabalho autoral utiliza a fotografia como principal ferramenta, e se apoia na literatura, principalmente na poesia, para construir narrativas visuais. É perceptível o resgate do seu universo íntimo, da vida cotidiana, das relações familiares, dos sonhos e de questões emocionais profundas em imagens femininas e delicadas, que trazem sobretudo pulsão de vida-morte-vida, bem como da integração com a natureza.

 

Em 2021, produziu seu primeiro fotolivro Desenterrar-se não é dado a todos. No mesmo ano, ingressou no coletivo Deriva Cartográfica, coordenado por Yuji Kodato e Mariana Sassine, aprovado pelo Rumos Itaú Cultural, onde colaborou com o fotolivro Voltei porque te amo (2023), selecionado pelo festival de fotolivros ZUM e o fotofilme A flor já é real ainda dentro do caule (2023); Em 2022, produziu seu segundo fotolivro E as árvores crescem conosco. Também participa do projeto Poéticas Contemporâneas (2023 -) em conjunto com a poeta Anna Lúcia Maestri, no qual desenvolvem postais fotográficos e poesias manuscritas.

 

Nos últimos anos, gestou outras séries fotográficas: Mãe (2020) e Insolúvel (2020). A primeira busca construir um olhar de força e resistência na depressão de sua mãe; a segunda busca a aceitação da morte simbólica, uma investigação para cura da doença. Em sua pesquisa mais recente: Serpentear corpo, fecundar epicentro (2023 -), retorna à cidade de Capitólio (MG), onde vive sua mãe, a fim de registrar a vida no cerrado, que se banha no rio que nasce em sua casa e deságua na bacia do Rio São Francisco. A série Nascer e partir (2024) surge a partir dessa pesquisa, onde retrata a relação maternal entre uma égua e sua potra, mas narra as delicadezas da vida. Quando rio encontra mar (2024 -) surge da experiência como mulher que ama outras mulheres. Metamorfose (2024 -) nasce a partir de experiências enteogênicas, e se apoia em estudos de duplaexposição, buscando integração entre corpo e meio.

 

Os temas psíquicos, a presença da natureza, do sagrado e dos símbolos são temas recorrentes em suas narrativas. Para tanto, sua linguagem possui fortes influências visuais nos trabalhos de Sally Mann, Cláudia Andujar, Masao Yamamoto, Graciela Iturbide, Flor Garduño e Sakiko Nomura; nas poéticas de Carola Saavedra, Carla Madeira, Clarice Lispector, Hilda Hilst, e Emanuele Coccia; e nas pesquisas do campo psíquico de Marie-Louise Von Franz, Carl Jung, Nise da Silveira, Sidarta Ribeiro, Ailton Krenak, Alejandro Jodorowsky, entre outros.

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